O DESCANSO, UMA LEI DA VIDA

Como as fotos são reveladas em um quarto escuro, a informação é gravada na massa cerebral graças ao descanso. Graças aos avanços tecnológicos, sabemos que os radio-isótopos nos permite observar as variações da circulação sanguínea no cérebro. Uma determinada atividade mental é caracterizada por um fluxo sangüíneo na zona particular do cérebro. Essas modificações são traduzidas por imagens projetadas em uma tela, mediante um computador.

Uma dessas figuras mostra-nos visualmente a importância das pausas na aprendizagem: “constatamos que um sujeito em repouso, que não vê nada, não escuta nada e não se mexe, possui toda uma parte do cérebro, os lóbulos frontais, em atividade. Isto quer dizer que ainda que tenhamos parado de falar e de apresentar informações a nossos alunos, o cérebro deles continua funcionando nessa parte que se encarrega de processar a informação sem ser percebido. Se prevermos pausa em nosso tempo pedagógico, permitiremos que o aluno processe a informação que viemos lhes dar. É preciso ensinar os jovens a intercalar períodos de descanso em seu tempo de trabalho, para que não esteja sempre conectado diretamente à informação” (Helen Trocmé, “El cerebro y el aprendizaje”, em: Actos de forum de pedagogía diferenciada de marzo 1984, Paris, R.Y.E., 61, rua Amsterdam, 75008, Paris).

Estas últimas descobertas científicas nos mostram o que os grandes educadores sempre souberam: a relaxamento é bem diferente da diversão ou do convite à preguiça. Podemos verificar que memorizamos melhor um texto se o lemos antes de dormir: pareceria que nosso cérebro aproveita a noite para facilitar a “impressão” de conhecimentos. E nos damos conta disso
na manhã seguinte.

Pequenos intervalos de repouso intercalados no curso sob diferentes formas são momentos onde o cérebro pode digerir e assimilar as informações recebidas.

Existe tempo para tudo.

 

Extraído de “Les enfants qui reussissent” de Micheline Flak e Jaques de Coulon (página 69)